sábado, 2 de outubro de 2010

Adorando, ou segurando o jumento?

Estava sentado no púlpito da igreja certa vez, durante o momento de louvor, e comecei a observar a igreja. Havia pessoas que estavam se derramando diante de Deus. Pessoas dispostas a sentir o mover do Espírito Santo em suas vidas. Mas também havia pessoas que, aparentemente não estavam ali. Não estavam sentindo o que as outras sentiam. Talvez os problemas daquele dia estivessem atrapalhando essas pessoas de se envolverem no culto. Talvez dores, amarguras, frustrações, ou até mesmo apatia quanto à presença de Deus ali.
No momento da ministração da Palavra, o pregador, pastor Iankee (IMW de Braslândia - DF) levava-nos a refletir sobre o sacrifício que Deus pedira a Abraão. Gn. 22:2 – “...da-me o teu filho, teu único filho, Isaque a que amas, em sacrifício”. E Deus começou a falar ao meu coração no momento em que o pregador fazia a seguinte pergunta à igreja: - “VOCÊ ESTÁ ADORANDO OU SEGURANDO JUMENTO?”
Quero compartilhar esta revelação contigo.
Abraão recebe de Deus uma missão. Ele deveria sacrificar seu filho Isaque. Levanta cedo, prepara o animal e o suprimento para a viagem, que seria de 3 dias. Ao chegar ao lugar indicado por Deus, Abraão diz a seus servos; “fiquem aqui com o jumento enquanto eu e o rapaz vamos até lá. Depois de adorarmos, voltaremos”.
A partir daqui observamos as diferenças.
Quem SEGURA O JUMENTO está ocupado com as coisas da vida, suas preocupações, frustrações. Eles deveriam cuidar do animal. Eles não vivenciaram o milagre. Só ouviram falar do milagre. Só ficaram sabendo do que aconteceu a Isaque e como Deus realizou a benção. Quem segura o jumento não vê o milagre acontecer, não recebe a revelação. Deus age perto dele, nas outras pessoas, mas ele não vê!
O que ADORA está envolvido com uma vida acima das circunstâncias. Abraão já saiu de casa sabendo que Deus faria um milagre, pois acreditava na promessa que o Senhor o havia feito (farei de ti uma grande nação). 1. O que adora se dispõe. Ele obedeceu; não perguntou por quê. Simplesmente acreditou e levantou um altar para Deus. 2. O que adora recebe a revelação. Deus deu a Abraão a orientação do que fazer. No verso 11 o anjo fala com Abraão. 3. O que adora vê os milagres. Enquanto os servos seguravam o jumento, Abraão e Isaque viram o carneiro que Deus providenciou para o sacrifício (verso 13). 4. O que adora recebe as bênçãos. Deus não só poupou a vida de Isaque, como também abençoou Abraão e sua descendência. Muitas vezes estamos tão preocupados com as coisas da vida (segurando jumento), que esquecemos que adorar move o coração de Deus. Então não deixe de cumprir com suas responsabilidades, mas não fique segurando jumento, ADORE! Deus te abençoe.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Adorando... a quem mesmo?

Em Isaías 14:11-13 há uma alusão à queda de Lúcifer; ele diz; Eu subirei ao céu, isto significa decisão formada e consumada. Mostra também que estava embaixo na terra.
Acima das estrelas de Deus. Neste caso simbolizando os anjos de Deus.
Exaltarei o meu trono (elevar-se, fazer-se conhecido, ostentação de poder).
No monte da congregação me assentarei, ou seja, a morada de Deus. Ele queria ser o centro das atenções. e diz mais; Serei semelhante ao altíssimo, na comparação de Lúcifer “melhor”.
Analisando este texto observamos que o primeiro pecado que aconteceu não foi o assassinato de Abel por Caim, e sim o orgulho que brotou no coração de Lúcifer. O orgulho é um falso sentimento de poder. Satanás queria ser como Deus, queria destroná-lo. Assim nasceu a primeira contenda. Um terço dos anjos foi seduzido. Eles acreditaram nas promessas do suposto futuro “senhor” de tudo. Encheram-se de orgulho influenciados por Satanás.
O orgulho sufoca, destrói, mata e derruba. É um pecado mencionado com bastante freqüência nas Escrituras e todas as suas menções indicam que Deus o odeia. Deus realmente abomina o sentimento de orgulho! Toda criatura que cai nesta perigosa cilada enfrenta o Deus todo poderoso sem o menor temor. Isto porque o orgulho, cega o entendimento. Ele faz seus escravos pensarem que podem tomar o lugar do Onipotente Deus ou que podem ser uma criatura superior às outras. Mas isto é engano, um caminho que leva tudo à destruição.

E o que isto tem a ver com a adoração? Infelismente, no Ministério de Música nas igrejas o vírus do orgulho tem infectado muita gente e pode ser facilmente detectado. Muitos cantores e músicos tem aceitado a glória que não pertence a eles. Inconciente ou concientemente, não percebem que estão adorando a si mesmos.
Os sintomas são:
• Quando não aceitamos exortação de nossos pastores, líderes e até mesmo de companheiros de ministério
• Quando sempre achamos que estamos certos e não damos ouvido às outras pessoas
• Quando achamos que somos melhores do que outros cantores ou músicos
• Quando achamos que somos dignos de receber alguma glória e louvor (aplausos)
• Quando achamos que a obra que executamos está tendo sucesso pela nossa capacidade
• Quando achamos que o nosso estilo musical é o mais correto perante Deus
• Quando humilhamos, subestimamos ou não valorizamos aqueles que estão iniciando no ministério da música
Quando fazemos tudo isto, estamos sendo orgulhosos.
Talvez esta seja a razão da escassez de verdadeiros adoradores dentro do povo chamado cristão. Esta triste armadilha tem cegado a muitos, tornando-os joio, ao invés de trigo. Aqueles que desejam trilhar a árdua jornada da verdadeira adoração deverão riscar de sua vida tudo aquilo que foi dito anteriormente. O verdadeiro adorador não se deixa ser tomado pelo orgulho, mas permanece humilde pelo temor que tem de Deus. O verdadeiro adorador sabe que Deus não reparte sua glória com ninguém!
Jesus, além de ser o nosso Salvador, foi o maior Mestre que pisou na face da terra. Suas maiores lições sempre tinham a ver com humildade. Ele sabia que a falta de humildade causa destruição, ruínas, separação, e o pior de tudo, entristece a Deus.. (Mateus 5.5)
Adorando a quem?

terça-feira, 29 de junho de 2010

Relacionamento


Quando Deus criou o homem, seu desejo prioritário era ter comunhão com o ser criado. A Bíblia narra em Gênesis que todos os dias à tarde Deus descia ao jardim do Éden para conversar com Adão. Comunhão era o objetivo de Deus.

Mas essa vida de comunhão que já havia sido estabelecida por Deus, foi interrompida quando o homem pecou desobedecendo a Deus. A desobediência criou um abismo entre Deus e o homem.

Séculos se passaram, muitos homens buscaram a Deus; Enoque, Noé, Abraão e outros foram usados por Deus para restabelecer a comunhão perdida com Seu povo.

O Senhor providenciou em Jesus o retorno dessa comunhão, mas a receita já havia sido passada a Moisés na construção do Tabernáculo. Deus espera que sigamos essa receita.

Para ter de volta a comunhão com Deus, alguns passos são necessários. Em Êxodo 25, Deus mandou Moisés fazer o tabernáculo. Era o retorno de Deus entre os homens, mas havia um 1º passo que está declarado no verso 2; “Fala aos filhos de Israel que me tragam uma oferta. De todo homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a minha oferta”. Significa que para termos de volta aquela comunhão se faz necessário um esforço de nossa parte. O apóstolo Paulo diz em Rm. 12 que devemos oferecer o nosso corpo como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o nosso culto racional. Um culto com entendimento depreende esforço. Deus não quer um culto simplesmente. Ainda que deva ser simples, mas deve ser um culto com a razão, com inteligência, com entendimento, com discernimento. Outro ponto importante nesta oferta, é que ela é de Deus (tomareis a minha oferta), não estamos dando nada a Ele, como disse Davi; “só devolvemos o que veio das tuas mãos. I Cr. 29:14”. Alem disso, Deus não quer que devolvamos pelo simples fato de que a oferta já o pertença, pois Ele disse que deve ser voluntário, quando eu quiser, quando eu estiver disposto. Então eu entendo que a comunhão com Deus está disponível, é só eu desejar e me ofertar a Ele.

No verso 8 de Ex. 25, Deus diz; “E me farão um santuário, para que Eu habite no meio deles”. O desejo de Deus continua sendo comunhão. Ele continua querendo habitar no meio do povo, ouvir o povo, receber o louvor do povo. Mas não vai aceitar um louvor sem que primeiro haja uma oferta.

Depois que Deus revela a Moisés que quer estar no meio do povo, começa a relacionar os objetos do santuário com suas medidas. Deus diz que a Arca da Aliança deve ser confeccionada de madeira de acácia e coberta de ouro, e dentro da mesma será colocado o testemunho que o próprio Deus dará. Sabemos que a madeira representa a obra humana com suas imperfeições e limitações, e o ouro representa a obra divina, perfeita, infinita e ilimitada. Deus está dizendo que quer habitar em um ser como eu e você, com nossas imperfeições, mas restaurados pela obra do Espírito Santo.

O Louvor e a Adoração representam esse Tabernáculo de Deus entre nós. Então louve, ou melhor RELACIONE-SE com Deus. Deus te abençoe!